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11 de novembro de 2021

Cenas da Era do Rock

 




Saxum volutum non obducitur musco.      

    A rolling stone does not gather moss”. 

(Pedra que muito se move não junta musgo.)       

–– Publius Syrus (século 1° antes de Cristo).      



São fetiches para garantir a felicidade de muitas legiões de fãs: uma coleção de centenas de fotografias de grandes astros e estrelas da Era do Rock, que permaneciam inéditas desde as décadas de 1960 e início de 1970, e que só agora reveladas ao público. Trata-se do acervo do fotógrafo inglês Alec Byrne, que desde o final dos anos 1960 cobriu a cena cultural de Londres e acompanhou a trajetória de shows e entrevistas de bandas e músicos britânicos lendários como The Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, The Who, David Bowie, e também artistas de outros países que se apresentavam em Londres, incluindo Chuck Berry, Bob Dylan, Bob Marley, Jimi Hendrix, The Doors, Tina Turner, Aretha Franklin, Abba, Cat Stevens e muitos mais. Depois de mais de 50 anos, Alec Byrne revela seu acervo inédito no livro “London Rock: The Unseen Archive”, um catálogo de belas e surpreendentes imagens da Era do Rock.

Não foi intencional manter as fotografias inéditas por tanto tempo – como revela Alec Byrne na apresentação ao livro. Na verdade todas as imagens ficaram esquecidas em uma caixa nos fundos da garagem da casa onde o fotógrafo morou durante décadas em Los Angeles (EUA) e sobreviveram a incêndios e a inundações que destruíram milhares de outras imagens de sua coleção. Descobertas por ele próprio recentemente, quase por acaso, imediatamente foram digitalizadas, selecionadas e tratadas em photoshop e depois apresentadas à imprensa pelo próprio fotógrafo. Em seguida vieram eventos e shows para apresentação ao público no museu Rock and Rook Hall of Fame em Cleveland, Ohio, e no festival South By Southwest em Austin, Texas, além de uma exposição na National Portrait Gallery em Londres. Agora, finalmente, a seleção de imagens de Alec Byrne ganha publicação no livro de 254 páginas, na verdade um catálogo de luxo em lançamento da Insight Editions de Londres.






                             



Cenas da Era do Rock: no alto, o fotógrafo
Alec Byrne em autorretrato, no final da década
de 1960. Acima, a capa original de "London Rock",
livro de fotografias que reúne imagens que estavam
inéditas há mais de 50 anos, e Alec Byrne fotografado
trabalhando em seu estúdio em Los Angeles.

Abaixo, uma seleção de fotografias apresentadas
no livro, começando com David Bowie em
Paddington Street Gardens, em setembro de
1969; Jimi Hendrix com Mick Jagger em 1967;
e Elton John em julho de 1971, no palco, durante
o concerto no Crystal Palace Bowl

















Uma câmera Rolleiflex


Na apresentação ao livro, que também conta com um prefácio escrito pelo jornalista Tony Norman, o fotógrafo recorda que tudo começou quando ele tinha 17 anos e conseguiu um emprego de meio expediente como office-boy na agência Keystone Press, em Londres, em meados da década de 1960, e passou a conviver diariamente com muitos fotógrafos, repórteres e editores de jornais e revistas. Quando recebeu o primeiro salário, investiu comprando uma câmera Rolleiflex, com sua mãe assinando o contrato para a venda com pagamento em várias parcelas. Desde então, passou a frequentar shows e entrevistas, primeiro por prazer, e depois por investimento para construir um portfólio especializado em figuras do mundo do rock’n’roll, exercitando diariamente seu aprendizado como fotógrafo amador. Em pouco tempo, a publicação de suas fotografias ganhou espaço na revista “New Musical Express” e a assinatura de Alec Byrne passou de “fotógrafo amador” para “fotógrafo profissional”.

“Eu estava no lugar certo e na hora certa. Havia uma revolução musical acontecendo e eu estava bem no meio dela”, recorda o fotógrafo. No livro, ele também revela histórias saborosas e confidências sobre algumas das imagens, como o primeiro show de Jimi Hendrix em Londres, que teve na plateia nomes como Mick Jagger, Keith Richards, Eric Clapton e David Bowie, flagrados em retratos surpreendentes enquanto assistiam encantados à performance; a primeira apresentação das canções do álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” pelos Beatles no Abbey Road Studios, em 1967, que também foi a primeira transmissão internacional de TV via satélite; ou um cigarro de maconha que Bob Marley dividiu com o fotógrafo na sessão de fotos realizada na suíte do cantor, no Montcalm Hotel, em Londres, em julho de 1975.














Cenas da Era do Rock: no alto, Anita Pallenberg,
Michele Breton e Mick Jagger
fotografados por
Alec Byrne em 1969 durante as filmagens de
"Performance", filme com direção conjunta de
Donald Cammell e Nicolas Roeg. Acima,
um flagrante dos Rolling Stones no palco
durante as gravações do especial para a TV
"Rock and Roll Circus", em 1968, com
Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones.

Abaixo, Brian Jones chegando para as
gravações do "Rock and Roll Circus",
e o registro de Alec Byrne no funeral de
Brian Jones, em junho de 1969. Também abaixo,
The Beatles, Ringo Starr, Paul McCartney,
John Lennon e George Harrison, durante
a transmissão via satélite em junho de 1967,
e Paul McCartney ao telefone em 1968








 


Retratos de grandes lendas


Em 1976, Alec Byrne recebeu uma oferta de trabalho para Los Angeles e se mudou definitivamente de Londres. Nos Estados Unidos, passou a trabalhar com outras pautas além da cobertura de música e terminou abrindo sua própria agência de fotografia, passando a se dedicar em seguida às funções administrativas. Desde então seus arquivos ficaram guardados e, com o passar do tempo, apenas uma ou outra foto foi comercializada para ilustrar álbuns em lançamento ou reportagens sobre grandes lendas da história do rock. No livro, ele recorda que a primeira grande perda aconteceu em Londres, em 1971, quando um incêndio destruiu o estúdio em que ele trabalhava, destruindo grande parte de seu acervo.







Não foi a única perda na trajetória do fotógrafo: durante a mudança para os Estados Unidos, centenas de outros negativos foram danificados pela água do mar no vazamento de um contêiner no navio, durante a travessia do oceano Atlântico. Anos depois, em 1994, o terremoto com magnitude de 6,7 que atingiu Los Angeles destruiu o antigo prédio em que ficava o escritório de Byrne e novamente centenas de negativos foram danificados ou definitivamente perdidos. Nos anos seguintes, vieram um outro incêndio e depois um alagamento que atingiram a casa em que ele morava em Los Angeles, novamente provocando perdas definitivas em fotos ampliadas e em seus negativos. O material que sobreviveu a tantos acidentes permaneceu guardado, ou esquecido, até ser redescoberto pelo fotógrafo.









                             




Cenas da Era do Rock: no alto, Bob Dylan
na entrevista coletiva, minutos antes de subir
ao palco no Festival da Ilha de Wight em 1969;
acima e abaixo, Jim Morrison à frente da
banda The Doors no palco da
Roundhouse, em setembro de 1968.

Também abaixo, Jimi Hendrix no palco do BBQ
em maio de 1967; Led Zeppelin no show "Eletric Magic",
em novembro de 1971; Tina Turner no Empire Pool,
em 1972; Grace Slick à frente da banda
Jefferson Airplane, em uma rua de Londres,
em 1970; e The Yardbirds na formação original,
com Jimmy Page à frente, nas gravações
de um especial para a BBC em 1967.

Também abaixo, Chuck Berry no palco do
Hard Rock, em 1973; Bob Marley na sessão
de fotos no Montcalm Hotel, em 1975;
e Aretha Franklin no camarim antes do
show no Hammersmith Odeon em 1968


 

 







                                    






 

Impacto emocional


Ao recordar sua trajetória e a história de suas fotografias, Alec Byrne conta que o entusiasmo que teve ao ter seu trabalho publicado pela primeira vez pelas revistas “New Musical Express” e “Melody Maker” mudou sua visão de mundo e o levou a um caminho que ele nunca havia planejado ou cogitado. Em 1969, aos 20 anos, ele fundou sua própria agência de fotografia em Londres e começou a vender fotos para revistas de todo o mundo. A trajetória seguiu uma linha ascendente por mais de uma década de shows e encontros com músicos e bandas em entrevistas e sessões de lançamentos e gravações, até que no final dos anos 1970, também por um acaso não planejado, Alec Byrne assumiu cada vez mais as funções de empresário e “aposentou-se” da música e dos ambientes do rock e seu acervo de imagens foi para as caixas de arquivo, onde permaneceu praticamente intocado e inédito durante décadas.

Quando eu estava fazendo essas fotografias, a princípio ainda adolescente, não tinha ideia – absolutamente nenhuma – de que estava registrando um dos momentos mais influentes da história da cultura pop. Na época, simplesmente senti que havia descoberto um ótima maneira de ganhar dinheiro e seguir a vida. Eu adorava tudo aquilo, mas a vida era agitada e não havia tempo para refletir sobre o que tudo significava”, confessa Alec Byrne, na apresentação ao livro. “Acho que uma das razões pelas quais todas essas fotografias ficaram guardadas nas caixas por tanto tempo é porque eu sempre pensei no que elas significavam para mim. Nunca me ocorreu, até depois das primeiras apresentações em público, o quanto estas imagens significavam também para outras pessoas. É maravilhoso, apesar dos incêndios, das inundações e do terremoto, e depois de todos esses anos, finalmente poder compartilhar estes retratos com outras pessoas e saber que o impacto das emoções que eles registram também significa muito para tanta gente”.


por José Antônio Orlando.


Como citar:


ORLANDO, José Antônio. Cenas da Era do Rock. In: Blog Semióticas, 11 de novembro de 2021. Disponível em https://semioticas1.blogspot.com/2021/11/cenas-da-era-do-rock.html  (acessado em .../.../…).


Para comprar o livro "London Rock: The Unseen Archive",  clique aqui.
















6 de fevereiro de 2015

Inéditas de Bob Marley






O reggae tem a mesma raiz, o mesmo calor e o mesmo
ritmo do samba. Sim, nós estamos muito próximos.

(Bob Marley no Rio de Janeiro, 19 de março de 1980).  



Primeiro grande astro da cultura pop saído do Terceiro Mundo e o mais conhecido músico do reggae de todos os tempos, Bob Marley completaria hoje seu 70° aniversário. Para comemorar a data, seus fãs recebem um presente inédito, em versões Blu-Ray, CD e DVD: “Easy Skanking in Boston '78”, com a íntegra daquele que é considerado um dos melhores shows da história do reggae. Som e imagens foram gravados ao vivo em 8 de junho de 1978 e apresentam grandes sucessos de Bob Marley em versões que não haviam sido lançadas nem em vinil nem em CD, incluindo “No Woman, No Cry”, “I Shot the Sheriff”, “Get Up, Stand Up” e duas canções que foram apresentadas somente naquela noite no Orpheum Theatre de Boston, em Massachusetts, Estados Unidos – “Slave Driver” e “The Heathen”, que até agora permaneciam com a aura de inéditas.

São 13 canções em 70 minutos, na versão CD, e oito canções em 48 minutos na versão DVD (com imagens gravadas por um cinegrafista amador no palco, muito próximo do cantor e da banda). Imagens e canções inéditas do show em Boston são os primeiros lançamentos deste 70º aniversário, mas a família do músico já anunciou uma variedade de lançamentos e eventos de comemoração. Em um calendário que teve sua prévia de divulgação com o lançamento de um novo site oficial, o legado do Rei do Reggae será lembrado pela apresentação de novas versões de material raro, entre elas uma edição de luxo, também em Blu-Ray, CD e DVD, de seu trabalho mais memorável, “Legend” – álbum com uma coletânea dos grandes sucessos de Bob Marley com a banda The Wailers que, desde o lançamento, em maio de 1984, vendeu oficialmente mais de 20 milhões de cópias e está entre os mais vendidos da história da indústria fonográfica.

















.


Inéditas de Bob Marley: no alto e acima,
fotografado por Esther Anderson nas
praias da Jamaica, em 1973. Também acima,
a capa do mais recente álbum, uma fotografia
do encarte e uma prévia da versão em DVD
do show realizado em Boston, EUAem
1978e que ainda permanecia inédito.

Abaixo, Bob Marley & The Wailers no palco
do Crystal Palace Park, em Londres, em
fotografias de Pete Still, em junho de 1980,
durante a Uprising Tour















.










Uma câmera na mão



As cenas do show de 1978 em Boston, agora divulgadas no DVD e site oficial de Bob Marley, impressionam pela qualidade de imagem e som. A íntegra do show foi filmada com uma câmera na mão por um fã que Marley permitiu, na última hora, que pudesse subir ao palco. O resultado é notável porque consegue captar imagens do ídolo e seus músicos bem de perto, com sequências de closes e de movimentos de câmera impressionantes, a apenas alguns metros de distância, levando, a quem assiste hoje às imagens, à possibilidade de experimentar a intimidade do que acontecia no palco durante o show. 
 
Bob Marley e The Wailers, em junho de 1978, estavam na turnê internacional para divulgação do álbum “Kaya”, 11° dos 14 discos de estúdio de Marley, lançado em março daquele ano. Mas o repertório deste “Easy Skanking in Boston '78”, apresentado no Boston Music Hall, vai muito além das 10 faixas do disco, que emplacou os sucessos “Is This Love” e “Sun is Shining”, além da faixa-título. Completam as imagens de Bob Marley e banda, além de cenas da plateia, animações produzidas pela dupla S77 e Matt Reed, que realizaram videoclipes premiados para artistas como Pearl Jam, Red Hot Chili Peppers e Cee Lo Green.








AcimaBob Marley em 1978 com a formação
completa do The Wailers e com a esposa
Rita Marley (de vermelho) e as integrantes
do I Threes; e em 1967 (ao centro), quando
se uniu a Bunny Wailer e Peter Tosh para
formar The Wailers. A partir do alto
da página, Bob Marley na praia de
Hellshire, na Jamaica, fotografado
em 1973 por Esther Anderson; a capa
do novo álbum, Easy Skanking in
Boston '78; e no palco do Crystal Palace
Concert Bowl, em Londres, em junho
de 1980, com The Wailers I Threes.

Abaixo, o artista no jardim de sua casa em
Kingston, Jamaica, fotografado em março de
1976 por David Burnett para uma reportagem
da revista Time; e duas cenas de Marley,
documentário de 2012 de Kevin Macdonald





















Um dos poucos latino-americanos no Hall da Fama do Rock and Roll, Bob Marley mantém sua grande importância não apenas como o homem que colocou o Reggae no mapa global, mas também como o estadista que mudou a história de sua terra natal, a ilha da Jamaica. Quando chegou à condição de ídolo internacional da música, ele investiu seu prestígio para construir a união entre as mais radicais facções políticas de seu país, que naquela época estava às portas de uma guerra civil.



Status de mito



Com sua morte precoce, aos 36 anos, vítima de câncer, em 11 de maio de 1981, alcançou uma invejável estatura de mito, talvez só comparável, no universo da música, a John Lennon ou Elvis Presley, com equivalente popularidade internacional e também com forte apelo comercial – como comprova a extensa lista de relançamentos permanentes de sua obra, atualizada com a impressionante safra de material inédito que tem chegado ao mercado nos últimos anos. Desde 2010, foram 10 lançamentos com versões inéditas e remixes em CD e DVD, incluindo a gravação completa do último show de Bob Marley, que aconteceu em setembro de 1980 em Pittsburgh, Pensilvânia (EUA) lançada em 2011, na versão em CD, com o álbum duplo “Live Forever”.




 




Acima, a capa da edição de luxo de
Legend, com faixas inéditas, lançamento
de 2015, e Live Forever, álbum de 2011
com a íntegra do último show, em Pittsburgh,
Pensilvânia, em setembro de 1980. Abaixo,
as imagens que causaram polêmica em 1974,
com Bob Marley no ritual de Cannabis
 em Kings Place, Londres, fotografado
por Dennis Morris













Houve, também, em 2012, o lançamento do documentário “Marley”, dirigido por Kevin Macdonald, que traz o músico em cenas do dia a dia e nos palcos, com surpreendentes depoimentos até então inéditos sobre a música, a família (especialmente sobre Rita Marley, sua esposa e companheira de palco de 1966 até a morte, mãe de quatro de seus 12 filhos, dois deles adotados), a paixão pelo futebol e a complexidade de suas crenças sobre as questões de política e religião.

Mais de 30 anos depois de sua morte, Bob Marley permanece como um dos nomes mais conhecidos no mundo inteiro, mas na Jamaica, sua terra natal, seu status de mito é insuperável. Desde sua morte, a data de seu aniversário, dia 6 de fevereiro, foi decretada como feriado nacional – e sua filosofia de vida, sintetizada no Movimento Rastafari e no culto à Cannabis, temas da maioria de suas canções, firmaram raízes definitivas dentro e também fora da Jamaica. 





























Acima, Bob Marley com Chico Buarque,
na única vez que o músico jamaicano esteve
no Brasil, em março de 1980. Bob Marley,
com outros músicos e Chris Blackwell, diretor
da Island Records, vieram ao Brasil para a
inauguração das atividades do selo alemão
Ariola. Bob Marley e The Wailer não puderam
subir aos palcos, porque a ditadura militar liberou
os passaportes, mas não autorizou os shows não
concedeu vistos de trabalho. Apesar da censura
sem fundamento, Marley e banda não resistiram
à paixão pelo futebol. No Rio de Janeiro, eles
encontraram Chico Buarque e outros artistas
para jogar uma partida em um quintal na Barra
da Tijuca. No grupo, de pé, o músico da banda
The Wailers, Junior Marvin, o cantor e
compositor Toquinho e o jornalista João Luiz
de Albuquerque. Agachados, Jacob Miller (da
banda Inner Circle), Chico Buarque, o craque
Paulo César Caju e Bob Marley.

Abaixo, Bob Marley fazendo exercícios com
a bola de futebol antes do show no estádio de
Bruxelas, Bélgica, em maio de 1977, fotografado
por David Burnett; brincando com o filho
Ziggy Marley, durante temporada na Suécia,
em 1971; e em dois momentos da turnê
Kaya: desembarcando em sua primeira
viagem à Espanha, em 1978, onde faria um
show lendário na Plaza de Toros, em Ibiza;
no palco, no show em Pittsburgh,
em setembro de 1978, fotografado
pelo dinamarquês Jan Persson






















Além da permanência firme de suas canções, que soam como matriz e referência do Reggae desde suas primeiras gravações nos anos 1960, e mais ainda desde "Catch a Fire", de 1973, primeiro disco depois do contrato com a gravadora Island Records de Chris Blackwell, que apresentou sua música ao mundo, a filosofia de vida de Bob Marley e seus ensinamentos também parecem a cada dia mais atuais – como se vê em seu depoimento, emocionado, que encerra o documentário de 2012 de Kevin Macdonald:

“Se todos nos unirmos e dermos as mãos, quem sacará as armas?", defende o músico, repetindo sua militância por mensagens de paz e de união, como sempre fez em todos os shows e em todas as entrevistas, sem exceção. "Eu só tenho uma ambição: que a humanidade viva unida. Negros, brancos, orientais, todos juntos, unidos”. No dia 11 de maio de 1981, em um hospital nos Estados Unidos, em Miami, Flórida, Bob Marley morreu. Mas aquela ambição da utopia humanista e pacífica sonhada por ele continua a ser, ainda hoje, sem nenhuma dúvida, o sonho dos justos.


por José Antônio Orlando.


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. Inéditas de Bob Marley. In: Blog Semióticas, 6 de fevereiro de 2015. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2015/02/bau-de-ineditas-de-bob-marley.html (acessado em .../.../...). 



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Acima e abaixo, Bob Marley no palco, com

The Wailers, Rita Marley e o coro das I Threes

no show em maio de 1976 no Santa Barbara Bowl,

na California, em fotos de Jeffrey Mayer.


Também abaixo, a imagem de Bob Marley

no cartaz de formas tipográficas criado

por Alyssa Almeida em 2014










 

 






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